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INTRODUÇÃO

Quando se fala em hologramas, muito provavelmente a maior parte de nós tenderá a pensar no filme “A guerra das estrelas” onde o personagem R2D2 projeta uma mensagem da princesa Leia destinada a Obi-Wan Kenobi, através de um holograma 3D. Apesar de no dia a dia dispormos de exemplos reais, tendem a passar despercebidos. O holograma que está nas notas de euro ou nos cartões de crédito que usamos ou até mesmo nas embalagens de muitos dos produtos que adquirimos são exemplos disso.

A holografia é a ciência que permite a construção de hologramas, vulgarmente conhecidos como, “fotografias tridimensionais” ou “3D”. Os filmes de ficção científica, as exposições, os concertos, os espetáculos, entre muitos outros, vulgarizaram o holograma embora pouco tenham contribuído para elucidar a sua estrutura, construção e aplicações nas mais diversas e variadas áreas. A holografia utiliza todos os conceitos da ótica ondulatória: interferências, difração e coerência, põe exigências drásticas sobre os materiais em que um holograma pode ser registado e exige alguma colaboração de espectador. Tem por isso todos os ingredientes para poder ser considerada uma técnica complexa embora sedutora, cuja execução exige a detenção de um bom conjunto de conhecimentos e equipamento sofisticado. 

HOLOGRAFIA

"holo"

todo

"grafia"

desenho

Captura de um todo

Uma comparação à fotografia facilita a compreensão do conceito. Sendo a fotografia uma perspetiva do objeto, a holografia tenta conter todas. No fundo, a holografia pode ser vista como uma ténue linha entre a realidade e o holograma. É fácil perdermo-nos no conceito de holografia, as ideias são enumeras e a visão futura inimaginável. As muitas aplicações surgem fluentemente. A rápida evolução do estudo dos fenômenos óticos e toda a progressão no mundo tecnológico facilmente nos elucida sobre a rápida evolução das abordagens que temos para com a holografia.

Sendo a holografia um tema completamente em aberto, com um futuro que parece tão vasto e promissor, a escolha do tema torna-se apelativa. Todo o futuro que ainda está por escrever, todas as imensas ideias e potencialidades por desvendar fazem da holografia um excelente tema para explorar.

Assim, o nosso objetivo com este trabalho é mostrarmos exatamente o que torna tão única a holografia. Começamos por contextualizar a holografia, nomeadamente explicando a sua história. O que levou a pensar nos hologramas, todas as tentativas de construção de hologramas, desde teorias a experiências práticas, os primeiros hologramas, entre muitos outros passos importantes rumo ao que é a holografia nos tempos atuais. Introduziremos os conceitos físicos da sua construção e utilização. Falaremos também nos vários tipos de hologramas que existem, como os de reflexão, transmissão e arco-íris, analisando a sua estrutura, captura e reprodução. Continuamos com uma abordagem das inúmeras aplicações que a holografia tem nos tempos de hoje nas mais diversas e variadas áreas. Até porque que muitas delas não tínhamos a mínima ideia que a holografia poderia cooperar de forma tão positiva. Expomos ainda um duelo interessante entre a holografia e algumas tecnologias similares, de forma a perceber as várias vantagens e desvantagens entre as duas. Por fim, falaremos um pouco do papel atual que Portugal tem na holografia, e o que o futuro poderá reservar à holografia.

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